Rusga federal

Polícia do DF começa a ouvir policiais envolvidos em tumulto

Autor

13 de janeiro de 2005, 13h08

Começaram na manhã desta terça-feira as oitivas de policiais federais metidos num quiprocó de final de semana que contou com a participação de 70 policiais, incluindo civis e militares, numa boate de Brasília.

Quem deu início à maratona de depoimentos foi o delegado Antonio Cavalheiro, titular da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Policiais civis e militares, além de empregados também serão ouvidos. Ao todo, 24 pessoas devem depor.

A história começa quando os agentes federais teriam dito um sonoro não à cobrança que lhe era feita à porta da boate. Segundo o boletim de ocorrência, três federais, cobrados pelos seguranças, teriam se apresentado como policiais federais e sacados as armas. PMs foram chamados ao local e os levaram para a 1ª DP.

Sete policiais federais, entre eles um delegado do Departamento de Inteligência da corporação, foram detidos na madrugada de domingo. A rusga se estendeu ao distrito, numa acalorada discussão entre o delegado federal Emmanuel Henrique Balduíno de Oliveira e a delegada de plantão da 1ª DP, Eliana Alipaz Clemente.

Durante o interrogatório, agentes da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil foram chamados para proteger a delegada. É que, nesse momento, o número de policiais federais armados que chegavam à 1ª DP não parava de crescer. ”As viaturas da Polícia Federal estavam entrando aqui em velocidade acima da permitida, talvez para intimidar nossos agentes”, diz outro delegado plantonista da 1ªDP, Carlos César Ferreira.

Durante a conversa com Eliana, o delegado federal Balduíno teria retirado os sapatos e as meias que vestia e colocado tudo sobre a mesa dela.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!