Deu tilt

Pane no novo sistema de informática do TRF-3 emperra processos

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11 de janeiro de 2005, 18h49

Advogados que utilizam a Justiça Federal de primeira e segunda instâncias da 3ª Região, que compreende os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul,enfrentam mais um obstáculo no trâmite de seus processos, desde sexta-feira (7/1): o novo sistema de acompanhamento processual implantado pelo Tribunal Regional Federal.

O modelo, que unifica os dados das duas instâncias na 3ª Região, está com problemas no funcionamento. Como conseqüência, surgiu uma enorme fila de advogados que só conseguem protocolar suas ações depois de muito tempo de espera e outra que não consegue acompanhar o andamento de suas ações.

Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, esse é um problema normal quando se trata da implantação de um sistema de grandes proporções, como esse. Até então, havia três sistemas de acompanhamento processual distintos: um para a Seção Judiciária de São Paulo, outro para a seção do Mato Grosso do Sul e um terceiro para o TRF-3. Com a adoção do novo sistema, a base de dados deve ser compartilhada, o que facilitará o trabalho dos usuários do Tribunal.

Mas os advogados não se mostram dispostos a entender as razões da pane. Isso porque muitos têm clientes esperando decisões do Tribunal sobre questões de extrema urgência.

“Antes, em duas horas já se sabia o número do processo e em que Vara estava. Agora, estou há dois dias sem informações sobre um processo importante”, afirma um advogado cujo cliente tem uma carga de amêndoas de cacau esperando liberação na alfândega.

A assessoria do TRF-3 afirmou que o problema será resolvido, mas pode levar ainda alguns dias. Os casos urgentes são protocolados até mesmo à mão.

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