Consultor Jurídico

‘Presidente da CBF não teve relação comercial com Neves’

24 de fevereiro de 2005, 12h53

Por Débora Pinho

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As informações prestadas pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira — em ação movida pelo apresentador da TV Record, Milton Neves, contra o jornalista José Trajano — foram “fundamentais para confirmar os danos morais”, segundo o advogado Antonio Carlos Sandoval Catta-Preta. Neves acionou Trajano por causa das declarações feitas no programa de TV Linha de passe — mesa redonda.

Catta-Preta, advogado de Milton Neves, entrou em contato com a revista Consultor Jurídico depois de notícia publicada sobre a audiência na Justiça nesta quarta-feira (23/2). Na ocasião, ele não foi encontrado em seu escritório, em casa e pelo celular para comentar o assunto.

O apresentador da Record argumenta que Trajano insinuou que ele teria recebido dinheiro da Ambev para opinar sobre a escolha do ex-técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari. Na época, Milton Neves foi consultado pelo presidente da CBF e deu opinião tida como decisiva para a contratação de Scolari.

Segundo Catta-Preta, o presidente da CBF — testemunha arrolada por Milton Neves — “considerou um absurdo essa história da Ambev, disse que não conhecia o apresentador da Record, afirmou que consultou vários jornalistas para a escolha de Scolari e deixou claro que nunca teve nenhum tipo de relação comercial com ele”.

Catta-Preta ressaltou o fato de Trajano não ter comparecido ao local da audiência, mesmo sendo desnecessário. “Ele não era obrigado a estar lá, mas o Milton Neves foi para acompanhar o caso”, disse.

A audiência aconteceu no Fórum João Mendes, na tarde desta quarta-feira (23/2), às 16 horas. O próximo passo da Justiça agora é ouvir as testemunhas arroladas por Trajano. Uma de suas testemunhas é o jornalista Juca Kfouri.