Posse adiada

Posse de desembargador investigado pela PF é adiada em Roraima

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14 de fevereiro de 2005, 18h55

A posse do desembargador Mauro Campello na Presidência do Tribunal de Justiça de Roraima, prevista para quinta-feira (17/2), foi adiada por 30 dias pelo Pleno de desembargadores. A posse é questionada pela OAB de Roraima e pelo Ministério Público Estadual.

Campello foi investigado pela Polícia Federal na Operação Pretorium. Ele é suspeito de ser beneficiário de um esquema de fraudes, envolvendo pagamento indevido de diárias, viagens fantasmas e fraudes na concessão de horas extras a funcionários, entre outras irregularidades.

A informação foi dada pelo presidente da OAB-RR, Antonio Oneildo, ao presidente nacional da OAB, Roberto Busato. Segundo Oneildo, assume o lugar de Marcelo Campello, enquanto perdurar seu afastamento, o desembargador Lupercino Nogueira, eleito vice-presidente para a próxima gestão.

O futuro do desembargador vai depender de decisão do Superior Tribunal de Justiça, para onde está sendo enviado o inquérito da Polícia Federal que levanta supostas irregularidades em sua administração no TRE. O procurador-geral de Justiça de Roraima, Edson Dimas, estará nesta terça-feira (15/2) em Brasília para solicitar providências legais pelo afastamento definitivo do desembargador.

A operação Pretorium da PF resultou na prisão, na semana passada, da mulher e da sogra do desembargador Mauro Campello — Larissa de Paula Mendes Campello e Clementina Beltrão de Paula Mendes, respectivamente. Além delas, foram presas quatro servidoras do TRE e um motorista do Tribunal de Justiça de Roraima, todos acusados de desvios de recursos públicos.

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