Propriedade intelectual

Nanotecnologia movimenta o mercado de patentes

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30 de agosto de 2005, 16h09

A bola da vez para os interessados em atuar na área de propriedade intelectual e registros de patentes é a nanotecnologia. A ferramenta tecnológica abriga biologia, química e física e cria novos materiais e processos baseados na capacidade de manipular átomos e moléculas. Estima-se que a nanotecnologia vai movimentar US$ 2 trilhões até 2015.

O estudo foi divulgado durante o XXV Seminário de Propriedade Intelectual, promovido pela ABPI — Associação Brasileira de Propriedade Intelectual. Os dados foram apresentados pelo engenheiro e diretor do escritório Daniel Advogados, do Rio de Janeiro, Rana Gosain.

Segundo ele, os países desenvolvidos gastaram, só em 2002, US$ 2 bilhões para pesquisa e desenvolvimento da área. No Brasil, em 2004 o investimento foi de R$ 30 milhões.

Rana Gosain explica que os desafios que os profissionais vão encontrar é a carência de diretrizes, falta de treinamento e questões éticas, como a invenção de novas armas nucleares, por exemplo.

Ele explica que a maioria dos pedidos de patentes é aceita, mas de forma ampla, já que há falta de conhecimento no ramo. “Só na esfera judicial essas patentes serão colocadas em desafio”, diz.

Panorama

A maior parte da produção nacional da nanotecnologia está no Sudeste. O índice corresponde a 83%. No ano de 2000, por exemplo, foram feitos 2 mil pedidos de patentes — 31% para Nanoeletrônica/processamento de informação, 27% para Nanobiotecnologia/Fármacos e 15% para materiais (super-revestimentos, por exemplo).

Mais de mil empreendimentos do mundo se dedicam à nanotecnologia. Empresas como Du Pont e General Eletric já lidam com essa “tecnologia emergente”, como classifica o engenheiro.

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