Show de milhões

MPF denuncia irregularidades de milhões em banco do CE

Autor

1 de agosto de 2005, 18h21

Irregularidade em transações do BEC — Banco do Estado do Ceará, da ordem de R$180 milhões, envolvendo a compra de títulos da dívida pública, levaram o Ministério Público Federal no Ceará a mover Ação de Improbidade Administrativa contra o presidente do banco, Carlos Alberto Ribeiro da Silva, e outros seis funcionários. Os títulos da dívida pública foram comprados a preços acima do valor de mercado, acarretando prejuízos ao banco.

A ação foi proposta pelo procurador da República Alessander Sales, na sexta-feira (29/7), e pede a quebra do sigilo bancário e fiscal dos sete envolvidos, a indisponibilidade de seus bens e que sejam condenados por ato de improbidade administrativa. As informações são da Procuradoria Geral da República.

Sales afirma que as operações foram realizadas entre 21 de agosto de 2002 a 30 de janeiro de 2003, por quase seis meses. “Trata-se de uma grave irregularidade, pois viola a legislação e causa um dano ao patrimônio do banco, cujo acionista majoritário é a União”, disse.

A partir da Ação de Improbidade, o MPF vai analisar o real prejuízo das transações para a instituição financeira e sua conseqüência no processo de privatização do banco. “Estamos analisando o preço mínimo do leilão para saber se esse prejuízo foi contabilizado”, afirmou o procurador.

O CMN — Conselho Monetário Nacional aprovou, na quinta-feira (28/7), o valor mínimo de R$ 542,72 milhões para a compra do banco. O leilão será realizado dia 15 de setembro próximo, na Bovespa — Bolsa de Valores de São Paulo.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!