Consultor Jurídico

Empresas de policiais são acusadas de espionagem

26 de abril de 2005, 15h19

Por Redação ConJur

imprimir

Duas empresas de segurança privada dirigidas por policiais são investigadas por suspeita de espionagem e de instalar escutas telefônicas clandestinas, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. A investigação é feita pela Polícia Federal, Ministério Público estadual e pela Polícia Civil de São Paulo.

Os sócios das empresas Spy Cops e Marte Vigilância e Segurança Patrimonial são policiais de departamentos de elite da Polícia Civil paulista. Segundo as investigações, as empresas fazem escutas ilegais para atuar em investigações paralelas de crimes envolvendo seus clientes. O custo semanal de uma escuta varia entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil.

De acordo com o jornal, entre os clientes das empresas estão escritórios de advocacia, juízes, bancos, executivos de multinacionais e construtoras. Os três policiais acusados negaram as acusações ao jornal.

A Spy Cops seria contratada pelos clientes e, então, acionaria o Grupo Marte, que faria as escutas ilegais. De posse do material, o Grupo Marte repassaria os CDs com as escutas para a Spy, responsável pela transcrição das conversas.

Em depoimento à PF, o perito criminal Samuel Alves de Melo Neto e o papiloscopista João Charles Ferreira, ambos do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, confirmaram que são donos da Spy Cops e que a empresa fez escuta ilegal em pelo menos dois casos que investigou.