Greve da Justiça

Greve dos servidores da Justiça paulista é ilegal, afirma Vidigal.

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13 de setembro de 2004, 21h21

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, disse que a greve dos servidores do Poder Judiciário de São Paulo é ilegal e fez um apelo para que o sindicato que representa a categoria defenda a volta imediata ao trabalho. Para o ministro, manter uma greve, que já dura 77 dias, traz sérios prejuízos para a sociedade.

“Quero, como brasileiro, fazer um apelo para que voltem ao trabalho. Hoje, o Judiciário de São Paulo está parado”, disse o ministro Vidigal. Segundo ele, a administração do Tribunal de Justiça paulista age corretamente ao propor o desconto dos dias parados.

Ele avaliou que, mesmo que os servidores retornem ao trabalho nas próximas horas, serão necessários meses para colocar os processos em dia. O ministro Edson Vidigal acha que o que deve ser feito é negociar sem que se interrompam as atividades.

As afirmações do ministro foram feitas nesta segunda-feira (13/9), depois de dar palestra para magistrados angolanos e brasileiros na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado na capital paulista.

Durante a palestra, o ministro disse aos angolanos — que estão buscando um modelo para Justiça do país — que o Brasil, a seu ver, não é dos melhores exemplos, pois tem a Justiça estadual e a federal. Na palestra o ministro voltou a comentar sobre a criação das varas federais agrárias e sobre o esforço para a instalação das 183 varas federais já aprovadas.

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