Sem sintonia

Falta de sintonias entre Poderes vira problema para Direito Penal

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30 de novembro de 2004, 14h57

Para o professor e ex-ministro da Justiça no governo FHC, Miguel Reale Júnior, a falta de sintonia entre os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) configura o maior problema para o Direito Penal brasileiro. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (29/11) durante o Congresso Internacional de Direito, que acontece em São Paulo.

Reale debateu o assunto juntamente com a professora Ivette Senise Ferreira. Para o ex-ministro, essa falta de união acaba provocando atritos entre advogados, magistrados e a polícia. “Este é o momento de solucionar esta falta de sintonia”, destacou.

Durante o debate, Reale aproveitou para dar uma cutucada em um assunto que tem incomodado muitos advogados e juristas: a corrupção no sistema. “Não é novidade que existem níveis constrangedores de corrupção na polícia. Mas temos que admitir também que não haveria polícia corrupta, se não houvesse advogado corruptor”, ressaltou.

A professora Ivette Senise Ferreira disse que a Justiça Penal Brasileira vive uma crise e é preciso que lutar contra isso. Ela sugeriu a integração entre as polícias como uma das medidas mais eficazes nesse sentido. “É preciso unir esforços e não haver rivalidade, muito menos duas formas de operação policial”, disse.

O congresso está sendo acontecendo em comemoração aos 130 anos do Instituto dos Advogados de São Paulo. O evento acontece na sede da Associação dos Advogados de São Paulo (Rua Álvares Penteado, 151 – São Paulo/SP) e vai até o próximo dia 1º de dezembro.

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