Coordenadora do Bolsa-Escola é acusada de se apropriar de benefício
30 de novembro de 2004, 13h13
Mais um caso envolvendo desvio no pagamento dos benefícios do programa Bolsa Escola, do governo federal, chegou até a Justiça. Dessa vez, a diretora de uma escola do município de Medina (MG) foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por ter se apropriado do benefício que deveria ser pago a mais de 20 famílias.
Medina é uma pequena cidade mineira, com pouco mais de 21 mil habitantes, localizada no Vale do Jequitinhonha — uma das regiões mais pobres do Brasil.
De acordo com o MPE, a diretora da Escola Estadual Luís Tanure, Maria das Virgens Souza, que também coordena o programa Bolsa-Escola na cidade, teria se apropriado indevidamente dos benefícios. A denúncia oferecida pela promotora Cynthia Maria dos Santos aponta Maria e sua filha Séphora Aline de Souza como beneficiárias do golpe.
A denúncia indica que, no período de outubro a dezembro de 2003 e fevereiro a abril de 2004, mãe e filha receberam os benefícios com o próprio cartão das vítimas. Para as famílias, elas alegavam que os cartões tinham sido cancelados. Em seguida, iam até a agência dos Correios da cidade em horários alternados, abordavam pessoas que estavam na fila e pediam para que retirassem o dinheiro que, na seqüência, era entregue a elas.
Desde o início do ano, diversos casos de fraude relacionados ao pagamento de benefícios como o Bolsa-Família, Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação vêm ecoando na imprensa. O próprio ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, já afirmou que o governo pretende mudar o método de fiscalização dos programas desse tipo a fim de evitar desvios.
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