Além das fronteiras

Juízes do Mercosul debatem cooperação internacional

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29 de novembro de 2004, 16h03

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) fará, de 6 a 8 de dezembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o Primeiro Encontro Internacional de Juízes de Fronteira. O evento deve reunir mais de 100 magistrados da Argentina, Paraguai, Uruguai, além do Brasil.

O objetivo é começar a discutir com os vizinhos do Mercosul formas de cooperação judiciária entre esses países para combater crimes como pirataria, roubo de carga e, especialmente, lavagem de dinheiro. Haverá também painéis sobre os avanços do narcotráfico e do terrorismo na região e os mecanismos disponíveis atualmente de enfrentamento ao crime organizado.

Além de juízes, participam também adidos de embaixadas e especialistas na área do Ministério Público da Justiça brasileira, da Bolsa de Mercadorias & Futuros, Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados (Fenaseg), Polícia Federal, Fazenda Nacional, do Banco Central e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco).

O evento é a concretização de um projeto do presidente da Ajufe, Jorge Maurique, quando estava em visita ao Paraguai. “Detectamos que o excesso de burocracia dos mecanismos internos de cooperação jurídica internacional dificulta muito o combate ao crime organizado, que é uma das principais metas da Ajufe nessa gestão”, disse Maurique.

“Nós, juízes federais brasileiros, estamos preocupados com o aumento da macrocriminalidade em nosso país, da qual um dos piores aspectos é a lavagem de dinheiro. Para a Ajufe, o combate à lavagem é uma das maneiras mais eficazes de estancar essas atividades, por isso precisamos enfrentar esse problema com destemor e, agora, também em conjunto com os vizinhos do Mercosul”, afirmou.

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