Negócio da China

Ministério Público Federal oferece denúncia contra Law Kin Chong

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25 de novembro de 2004, 19h38

Fica cada dia mais complicada a situação do empresário chinês Law King Chong, preso desde junho deste ano. Depois de ter sido detido em flagrante pela Polícia Federal na “Operação Shogun” ao tentar subornar o deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), presidente da CPI da Pirataria, o empresário terá agora de responder pelos crimes de descaminho de produtos importados, formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica e frustração dos direitos trabalhistas.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal de São Paulo nesta quinta-feira (25/11), à 7ª Vara de Justiça Federal Criminal.

Chong não estará só. A denúncia alcança mais 15 pessoas que fariam parte do esquema montado pelo empresário, entre elas sua mulher, Hwu Su Chiu Law. Conhecida como Miriam, a esposa de Chong estaria comandando os negócios do marido enquanto ele permanece preso. A suspeita é de que o empresário continue dando ordens de dentro da prisão. Ele está encarcerado na Delegacia da Polícia Federal em Brasília.

O Ministério Público Federal afirma que Chong montou um “gigantesco esquema de importação ilegal de mercadorias”.

O empresário chinês é dono de dois shoppings no Centro de São Paulo (Shopping 25 de Março e Shopping Oriente) que , segundo as denúncias, são os principais pontos de distribuição e comercialização de mercadorias importadas ilegalmente e materiais falsificados.

Além das denúncias, o MPF quer que seja decretada nova prisão preventiva contra o empresário. De acordo com a Procuradoria da República em São Paulo, o pedido de nova prisão visa reforçar a manutenção de Chong atrás das grades, impedindo, inclusive, que ele possa se beneficiar de algum Habeas Corpus que, eventualmente, venha a ser concedido.

Em sua defesa, o empresário chinês afirma que seus negócios se restringem ao “ramo imobiliário”, já que ele apenas alugaria os boxes em seus shoppings para outros comerciantes. Mas, para o MPF, os argumentos de Chong não condizem com a realidade.

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