Campeões da censura

Seis países mantém 80% de todos os jornalistas presos no mundo

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24 de novembro de 2004, 19h47

Seis países mantém 80% de todos jornalistas presos em todo o mundo. A afirmação é da ONG Repórter Sem Fronteiras. Segundo a organização, ao todo, 198 homens e mulheres estão presos ao redor do mundo e nove estão desaparecidos por “exercer seu trabalho de nos manter informados”. A lista é liderada pela China (26), que é seguida pelo Irã (15), Eritréia (14), Nepal (12) e Burma (11).

De acordo com a RSF, diversos tópicos são banidos nos países: corrupção na China, a falta de liberdade em Cuba, a disputa da facção linha-dura pelo poder no Irã, a guerra com a Etiópia na Eritréia, as guerrilhas maoístas no Nepal e as idéias do vencedor do prêmio Nobel Aung San Suu Kyi em Burma. Segundo o relatório, 47 jornalistas e 14 assistentes foram mortos em 2004, 46 foram mortos no Iraque desde o início da invasão americana e mais de 350 foram censurados este ano.

Os outros países citados pela RSF são Algéria (4), Vietnam (3), Turquia (3), Ruanda (2), Usbequistão (2), Azerbaijão (1), Coréia do Norte (1), Egito (1), Laos (1), Líbia (1), Marrocos (1), Paquistão (1), Serra Leoa (1), Tunísia (1) e Iêmen (1). O texto da ONG cita Raúl Rivero (preso em Cuba) e Win Tin (em Burma) e aborda o esforço de mais de 200 empresas de média no mundo todo para que a prisão dos jornalistas não caia no esquecimento. Outros detalhes podem ser vistos no site da ONG.

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