Excelência no tribunal

Tribunal de Justiça paulista implanta programa de qualidade

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16 de novembro de 2004, 14h22

O Tribunal de Justiça paulista vai implantar, nos próximos meses, o programa “Sistema Evolutivo para a Excelência”. A intenção é melhorar o desempenho do Judiciário de São Paulo. Para tanto, haverá treinamento de 1.200 funcionários — servidores e juizes –, desenvolvimento de dois softwares e mapeamento de processos.

A informação é de Rodrigo Santos, gerente de projetos do Instituto Nacional da Qualidade Judiciária (INQJ), entidade que desenvolverá o programa. Ele participou do painel “Justiça e Impacto Econômico” durante o I Congresso Internacional de Excelência Judiciária, em São Paulo, na manhã desta terça-feira (16/11). Também participaram do painel a presidente do INQJ, Elizabeth Leão, e Jamil Zanur Filho, conselheiro da entidade. O evento acontece até quinta-feira (18/11).

O programa de gestão tem como base dois fóruns de São Paulo em situações opostas — Santana e Itaquera. O gerente de projetos do INQJ disse que as condições do Fórum de Itaquera são “precárias” e as do Fórum de Santana, “excelentes”. Será feito um raio-x nos dois locais para detectar falhas e exemplos a serem seguidos. Posteriormente, o estudo será ampliado para mais de 300 comarcas do estado. O objetivo do INQJ é propor solução de gestão para as comarcas.

Distribuição de recursos

Perguntado sobre a redução no tempo de distribuição de um recurso – que em São Paulo demora cerca de quatro anos – com a implantação do programa, Santos não soube quantificar. Afirmou que a redução depende de uma série de fatores, que serão analisados. Um deles é o mapeamento de processos. “É preciso verificar, por exemplo, se dois servidores fazem o mesmo serviço”, disse.

Ele afirmou que serão aplicados programas sobre qualidade de vida dos servidores no trabalho. Os servidores do Judiciário paulista saíram recentemente de uma greve de mais de 90 dias.

A primeira reunião para o desenvolvimento do programa de gestão aconteceu semana passada. De acordo com Santos, a consultoria e capacitação estão previstas para terminar em 36 meses. “Mas pretendemos finalizar em 15 meses”, concluiu.

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