Invasão de risco

Justiça manda MST desocupar posto de pesquisa da febre aftosa

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11 de novembro de 2004, 19h36

O Posto Agropecuário de Sarandi, no Rio Grande do Sul, ocupado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), deve ser reintegrado à União. A decisão é do juiz federal, Enrique Feldene Rodrigues, da 1ª Vara da Justiça Federal de Passo Fundo (RS), que concedeu liminar favorável à Advocacia-Geral da União (AGU).

A propriedade, de cerca de 190 hectares, foi invadida nesta quarta-feira (10/11) pelo MST e pelo MPA. Além de provar a posse da União, a AGU alertou para o risco de epidemia de febre aftosa para os cerca de 450 invasores e em todo o estado do Rio Grande do Sul.

Isto porque a área abriga o Laboratório Regional de Apoio Animal, único no Brasil responsável pelos testes de vacinas contra a doença que ataca o gado e pode ser transmitida ao homem. No local, há animais inoculados com o vírus da doença.

O juiz entendeu ser “inquestionável” a rápida retomada do imóvel pela União, determinou a saída voluntária dos manifestantes e multa diária de R$ 5 mil em caso de reincidência. Segundo a AGU, a ocupação da área por pessoas estranhas ao serviço do posto também pode comprometer as exportações de produtos de origem animal do Brasil.

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