Turma do barulho

Movimento feminino promete fazer barulho em julgamento de ministro

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17 de maio de 2004, 11h43

O movimento “Mulher livre do assédio” promete fazer barulho nesta semana em que o Supremo Tribunal Federal deve julgar a queixa-crime contra o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina. O julgamento está marcado para quarta-feira (19/5).

Paulo Medina é acusado de assédio sexual por uma ex-funcionária de seu gabinete, Glória Pádua Ribeiro Portella, filha de Pádua Ribeiro, também ministro do STJ. Em seu parecer, o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, opina pelo recebimento da queixa-crime.

A coordenadora do movimento, Bernadete Brito, está mobilizando mulheres para encaminhar o maior número possível de mensagens aos gabinetes dos ministros do STF. O objetivo é tornar o julgamento do caso público.

“Pleitearemos que seja feito um julgamento a portas abertas”, afirma Bernadete. O motivo da reivindicação é o medo de que, como a maioria dos julgadores é homem, a balança se incline para o lado do colega.

O movimento também pretende marcar presença em plenário pelo ineditismo do caso. Pela primeira vez um ministro responde por esse tipo de acusação. (Movimento Mulher livre do assédio)

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