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Israelenses podem comemorar Dia da Maconha, decide Justiça.

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7 de maio de 2004, 14h43

Os israelenses praticantes do ato de “apertar um baseado” – ou apenas simpatizantes do ato – poderão comemorar em paz, neste sábado (8/5), o Dia da Maconha. O Supremo Tribunal de Israel rejeitou um recurso proposto pela associação antidrogas Al-Sam, contra a data festiva.

O pedido foi rejeitado com a argumentação de que “a polícia utilizará seu bom julgamento para se certificar de a não haverá desrespeito à lei nem atentado contra a ordem pública”. O advogado que representa a Al-Sam, Ofer Tsur, afirmou que os atos de celebração “constituem um risco contra a segurança pública”, razão pela qual pediu que todos eles fossem cancelados.

Um dos participantes das comemorações é Roman Bronfman, deputado do partido de esquerda Yahad. Em entrevista à rádio pública israelense, ele disse que o evento não fomenta o consumo das drogas, mas, sim, “uma mudança na política oficial de drogas”.

Segundo o jornal Jerusalem Post, também confirmaram participação ativistas do Alei Yarok (Folha Verde), partido político que nas últimas eleições gerais se apresentou com um programa cujo principal ponto é a defesa da legalização das drogas leves em Israel.

Um dos fundadores do partido, Dan Goldblatt, assegurou que a legalização da maconha seria a melhor fórmula de combater ao seu contrabando ilegal para o país, que é signatário dos convenções das Nações Unidas relativas à luta internacional contra o tráfico de entorpecentes.

“Neste momento, a questão que mais preocupa é a aceitação do uso medicinal da maconha, que é permitido mas está obstaculizado por uma terrível burocracia”, acrescentou Goldblatt em uma entrevista ao jornal israelense. Com a decisão dos juízes do Supremo, os israelenses poderão se unir a outras celebrações similares que serão promovidas em mais de 150 países durante o dia de amanhã. (EFE)

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