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Alunos de História visitam presídio da Ilha de Santo Antônio

4 de junho de 2004, 14h56

Por Redação ConJur

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Uma expedição organizada pelo Centro de Documentação Histórica do Tribunal de Justiça de Rondônia levou alunos de História da Universidade Federal de Rondônia e da UNIPEC-Porto Velho às ruínas do presídio da Ilha de Santo Antônio, na cachoeira de mesmo nome, no Rio Madeira.

A ida ao presídio aconteceu no domingo, dia 30 de maio, pela manhã. No comando da expedição esteve a diretora do CDH, escritora e historiadora Nilza Menezes, que fez uma exposição aos alunos sobre os relatos contidos em processos da época em que o presídio de Santo Antônio esteve em funcionamento.

Por se tratar de uma ilha, cercada por cachoeira, os prisioneiros dificilmente escapavam com vida se tentassem uma fuga pelo rio, devido à força da correnteza da água.

Segundo Nilza Mezes, a expedição teve como objetivo possibilitar aos alunos conhecer o presídio, para melhor compreender os relatos contidos nos processos de presos que foram condenados a cumprirem suas penas de reclusão na ilha. “Com isso, quem procurar o Centro de Documentação Histórica do Tribunal para realizar pesquisas, mesmo sem conhecer o local, terá uma idéia sobre o ele, apenas com a leitura dos artigos produzidos pelos futuros professores e bacharéis em história”, afirma.

Nilza Menezes disse aos alunos que, embora o presídio da ilha de Santo Antônio fosse de segurança máxima, o estabelecimento prisional foi desativado devido a pouca quantidade de celas, 12 no total, tornando insuficiente sua capacidade para atender a demanda de presos.

O aumento da demanda foi causado pelo crescimento populacional da cidade de Porto Velho. No início da década de 1980, esse aumento na demanda exigiu a construção de novos e mais amplos presídios como o José Mário de Alves (Urso Branco) e Colônia Penal Ênio Pinheiro.