Autoria certa

Pitboy que tentou matar promotor de eventos irá a júri popular

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25 de julho de 2004, 20h32

O juiz Luiz Noronha Dantas, do 2º Tribunal do Júri do Rio, pronunciou o estudante universitário Fábio Araújo Lustosa Primo, de 23 anos, acusado da tentativa de homicídio do promotor de eventos Flávio Cremona. O crime ocorreu na madrugada do dia 9 de maio deste ano, no interior da Boate Dito e Feito, no Centro do Rio. O estudante irá a júri popular porque segundo o juiz, “a autoria do réu encontra-se suficientemente indiciada, quer pela própria admissão por este de tal aspecto, quer pela unanimidade da prova testemunhal obtida”.

Lustosa Primo vai aguardar o julgamento em liberdade, já que na sentença de pronúncia o juiz revogou a prisão preventiva. O acusado está preso desde o dia 24 de maio, quando se entregou no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça, depois de ter tido a prisão decretada. O juiz afirmou que Fábio é réu primário, não tem antecedentes criminais, tem domicílio certo, possui emprego, é estudante universitário e se apresentou espontaneamente e de imediato quando teve decretada a sua prisão. Ele disse também que estão ausentes as ameaças para as testemunhas e para a vítima.

O juiz Luiz Noronha considerou em sua decisão provas como a confissão do réu, o depoimento das testemunhas que presenciaram o crime e os relatórios médicos e diagnósticos radiológicos da vítima. O estudante atingiu Cremona com uma cabeçada, socos e pontapés. O promotor de eventos caiu desacordado e Lustosa Primo, que é praticante de luta livre, continuou dando chutes e pisadas na cabeça da vítima. O crime teria ocorrido porque o promotor de eventos conversava com a ex-namorada do estudante.

“Só foi contido na ação agressiva então desenvolvida depois de ter sido retirado de cima da vítima, sobre quem estava montado e até então prosseguindo no seu atuar”, disse o juiz

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