Reação do governo

Investigador português que trabalha para a Kroll é preso no Rio

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24 de julho de 2004, 16h34

A Polícia Federal do Rio de Janeiro prendeu na tarde deste sábado o português Tiago Nunes Hendrish Verdial. Ele trabalhou para a empresa Kroll Associates, investigando supostas ligações espúrias entre membros do governo e a empresa Itália Telecom. A Kroll foi contratada pela Brasil Telecom, de Daniel Dantas.

A Kroll teria investigado integrantes do governo Lula — como o ministro Luiz Gushiken (secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica) e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.

A PF vinha seguindo há meses os passos de Tiago Verdial. No sábado passado, dois agentes cariocas localizaram Tiago no bairro do Torto para pedir-lhe o passaporte. Em 30 de março passado, o delegado federal José Nogueira Elpídio, de São Paulo, recebeu resposta de uma empresa de mídia, também de São Paulo, informando que não poderia acatar a decisão judicial de grampear o e-mail de Verdial porque ele não detinha mais assinatura daquele serviço de Internet.

O pedido de grampo fora feito pela PF contra Tiago e contra um ex-funcionário da Parmalat, Adelson Pugliesi, de quem Verdial vinha obtendo informações sobre a Itália Telecom.

Tiago Verdial deve ser transferido para a PF em Brasília neste sábado. Um dos pretextos cogitados para a prisão do investigador é a entrevista dada para a Folha de S.Paulo deste domingo em que ele admite ter praticado ilegalidades para obter informações sobre a Telecom Italia. É que já no início da tarde deste sábado, o jornal já se encontrava nas bancas.

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