Boas vendas

Editoras ampliam espaço de livros jurídicos em seus catálogos

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21 de julho de 2004, 11h55

Editoras descobriram que o mercado de livros jurídicos é um bom negócio. Segundo reportagem publicada, nesta quarta-feira (21/7), pela Gazeta Mercantil, apesar da participação ainda tímida — cerca de 3% do mercado total — o segmento tem conquistado espaço crescente no catálogo de edições.

O texto, assinado pela jornalista Gilmara Santos, aponta que em 2001 foram lançados 2.784 títulos sobre Direito e legislação, que representaram 7,13 milhões de exemplares vendidos. Os números são da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Em 2002, apesar de o número de títulos lançados ter sido menor (2.170), houve um aumento de sua participação na produção nacional, com cerca de 7, 64 milhões de exemplares. Situação semelhante ocorreu em 2003, quando foram produzidos 1.965 títulos e vendidos cerca de 8,46 milhões de exemplares.

Ainda segundo a reportagem, o grande volume de mudanças na legislação é responsável pelo incremento nas vendas. No ano passado, por exemplo, o aumento deveu-se à entrada em vigor do novo Código Civil. “O Código alavancou bastante as vendas”, afirmou o gerente de marketing da Editora Atlas, Edson Andrade de Carvalho.

Apesar de a editora ter como carro-chefe as áreas de contabilidade e finanças, “o que vem crescendo mesmo é a área do Direito, devido à abertura de novas faculdades e mudanças na legislação”, disse Carvalho ao jornal. Esse setor representou 53% do faturamento total da editora, no ano passado.

Na Editora Saraiva os livros jurídicos corresponderam, em 2003, a 34,2% do mix de produtos. Em 2002, esse segmento correspondia a cerca de 30% do total e, em 2001, pouco mais de 20%. O diretor de marketing da Saraiva, Wander Soares, disse à jornalista que a principal dificuldade encontrada pelo setor é a crise financeira: “O objetivo para este ano é manter a participação de mercado”.

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