Lado B

Juiz gaúcho afirma que fita que o compromete é falsa

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20 de julho de 2004, 22h06

O desembargador federal gaúcho Edgard Lippmann afirma que foi “montagem” a gravação em que supostamente aparece aconselhando o policial federal Wilson Perpétuo como proceder em um julgamento.

No último sábado, o jornal Correio Braziliense publicou a notícia de que Lippmann está sendo investigado pela Polícia Federal. Segundo a reportagem, a conversa telefônica teria sido gravada em junho de 2001.

Durante o suposto diálogo, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região teria ajudado o policial na ação que respondia por crime de contrabando de uísque, proposta pelo Ministério Público, no tribunal..

Lippmann, no entanto, afirmou a este site, que tudo não passa de “estratégia de defesa bem ‘amarradinha’, uma grande brincadeira de mau gosto” e que “nunca teve tal conversa com Perpétuo”, mesmo porque não tem motivos para ajudá-lo. “Se a pessoa é criminosa ela tem de prestar contas dos seus crimes”. Ele disse, ainda, que irá processar o jornal pela publicação da reportagem.

O desembargador cogita que a armação pode ser uma vingança do delegado. Perpétuo teria Lippmann em sua lista de desafetos por ele ter sido testemunha numa investigação de contrabando de café, crime pelo qual o delegado foi condenado.

Perpétuo, de acordo com Lippmann, teria, inclusive, ligado para ele fazendo ameaças. “Ele me procurou para dizer que tinha chegado ao conhecimento dele que tinha um grupo planejando um atentado contra mim”, disse. “Ele também confidenciou a várias pessoas que iria acertar contas com todos que tivessem colaborado com sua condenação”.

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