Atrás das grades

Vereador acusado de promover orgias com menores deve ficar preso

Autor

18 de fevereiro de 2004, 16h02

Luís César Lanzoni, presidente afastado da Câmara Municipal de Porto Ferreira (PTB/SP), em São Paulo, vai continuar preso. A decisão foi tomada pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Lanzoni é acusado de envolvimento, junto com outros seis vereadores, no esquema de aliciamento de menores na cidade do interior paulista. Segundo a denúncia, os acusados patrocinavam festas, para as quais convidavam menores que eram submetidas a orgias sexuais.

Decretada a prisão preventiva, ele protestou sob o argumento de constrangimento ilegal. Segundo a defesa, a manutenção da sua prisão após o interrogatório de todas as pessoas ofendidas e de todas as testemunhas de acusação caracterizaria ilegalidade.

A prisão foi mantida em primeira e segunda instâncias. No pedido de habeas corpus para o STJ, a defesa insistiu que a prisão está causando constrangimento ilegal ao vereador.

Segundo afirmou, o acusado está preso desde 28 de agosto, sem que a instrução criminal tenha ainda se encerrado, o que caracterizaria o excesso de prazo para a formação da culpa, motivação a mais para a sua libertação.

Além disso, o decreto estaria desprovido de fundamentação, pois não estariam presentes os requisitos autorizadores da custódia cautelar. Para o advogado, tal fato torna a prisão insubsistente.

Em novembro passado, o ministro Hamilton Carvalhido, relator do processo, já havia negado liminar ao acusado. No julgamento do agravo regimental desta quarta-feira (18/2), a Turma não conheceu do pedido, mantendo a prisão por unanimidade. (STJ)

HC 31.969-SP

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!