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Dono do Maksoud Plaza cumpre prisão em seu próprio hotel

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15 de dezembro de 2004, 18h57

O empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza (um dos mais caros de São Paulo) e de um amplo rol de imóveis e empresas, terminou na segunda-feira (13/12) um período de 30 dias de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia à sua ex-mulher, Ilde Birosel Maksoud, que tem 75 anos. Henry e Ilde se separaram em 1993 após 30 anos de casamento. O detalhe é que o empresário ficou preso na suíte presidencial do Maksoud Plaza, com autorização inclusive para deixar o hotel e assistir a um concerto de música clássica.

O valor da pensão desrespeitada é de R$ 45 mil. Na causa que trata da partilha de bens estima-se que os valores podem chegar à casa dos 100 milhões de dólares.

Ilde acusa Henry de atrasar sistematicamente o pagamento das pensões, há cerca de um ano. Os depósitos seriam feitos com valores parciais e só complementados quando se emitem os decretos de prisão. Transitam no Tribunal de Justiça paulista pelo menos mais três execuções que também devem redundar em ordens de prisão.

Pela ordem original, Henry Maksoud cumpriria a prisão em sua mansão de 17 mil metros quadrados na Chácara Flora, mas sugeriu que a pena fosse cumprida no hotel.

Segundo apurou a revista Consultor Jurídico, a prisão domiciliar não privou Henry Maksoud de nenhuma regalia de qualquer hóspede. Além do serviço de quarto 24 horas, o empresário teve acesso livre aos restaurantes, bares e lojas. O TJ paulista, que concedeu o Habeas Corpus preventivo em favor de Maksoud, aceitou o argumento de sua defesa que alegou problemas de saúde do empresário para justificar a necessidade dele cumprir a prisão em regime domiciliar.

Procurados pela ConJur, os advogados de Henry e Ilde Maksoud preferiram não comentar o caso.

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