Armados com a lei

Leitores da ConJur são contra porte de arma automático a advogados

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8 de dezembro de 2004, 13h46

A maioria dos leitores da revista Consultor Jurídico é contra o porte de arma automático para advogados. É o que mostra enquete feita pela ConJur. Questionados sobre a possibilidade dos advogados terem o porte automático de arma de fogo, 56% dos internautas mostraram-se contrários à idéia. E 44% são favoráveis. Mais de 5.700 pessoas responderam a enquete.

Durante os sete dias em que a sondagem permaneceu no ar, os percentuais ficaram praticamente inalterados.

A enquete foi lançada após a polêmica em torno de uma notícia publicada no dia 28/11 na ConJur. A reportagem trazia a informação de que o presidente da OAB de Santa Catarina, Adriano Zanotto, apresentou um anteprojeto de lei que regulamenta o porte de arma para os advogados.

“Ora, se magistrados e membros do Ministério Público possuem a prerrogativa por exercerem atividades de risco à própria vida e integridade física, nada há a justificar que os advogados não sejam contemplados com idêntica prerrogativa, vez que as atividades desenvolvidas por esses operadores do Direito em tudo se assemelham às desenvolvidas por membros do Ministério Público e da Magistratura”, afirmou ele na ocasião.

O posicionamento do presidente da OAB-SC provocou as reações mais adversas e a notícia recebeu dezenas de postagens com comentários negativos e outros favoráveis à sua iniciativa.

No dia seguinte, um artigo do advogado Luiz Guilherme Vieira manteve o assunto em pauta quando ele destacou que “advogado que se preze não precisa de porte de arma de fogo”. No último dia 4/12, foi a vez de outro advogado, Marcelo Ribeiro Uchoa, também escrever um artigo no qual ressaltou que o porte de arma “não é garantia de proteção”.

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