Corda bamba

Procurador da República no DF pode ser afastado do cargo

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7 de dezembro de 2004, 13h29

Está marcada para esta terça-feira (7/12) uma reunião sigilosa no Conselho Superior do Ministério Público que pode decidir a vida do procurador da República no Distrito Federal (DF), Guilherme Schelb. Uma reportagem publicada no jornal O Globo traz a informação de que ele pode ser demitido.

O procurador é acusado de pedir dinheiro a empresas investigadas por ele para bancar projetos pessoais, o que é incompatível com o cargo que ocupa.

A soma chegaria a R$ 70 mil que seriam usados para a manutenção de um site e a publicação de um livro escrito por Schelb. O procurador teria conversado sobre o assunto com empresas como Brasil Telecom, Souza Cruz, Fiat, Coca-cola, Volkswagen e o Sindicato de Empresas Distribuidoras de Combustíveis.

A comissão de sindicância da Corregedoria Geral do Ministério Público pediu a abertura de um processo administrativo e o afastamento imediato de Schelb. Para que ele seja demitido são necessários os votos da maioria simples dos subprocuradores. A relatora da comissão de sindicância, subprocuradora-geral Maria Caetano, destacou que havia graves indícios de irregularidades na empresa de propriedade de Schelb, a GS Centro de Educação e Prevenção Infanto-Juvenil.

O procurador se notabilizou por ter comandado, nos últimos anos, diversas investigações que atingiram várias autoridades federais, como o ex-secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge e o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio.

Caso seja aprovado o pedido de abertura do processo, este deverá estar concluído em até 90 dias.

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