Encontradas 162 pessoas fazendo trabalho semi-escravo em TO
7 de dezembro de 2004, 18h44
Trabalhadores colhendo coco de babaçu sem equipamentos de proteção, sem água potável, sem acomodações dignas, sendo transportadas precariamente, recebendo apenas R$ 15,00 por dia e sem registro em carteira. Foram nessas condições que o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo encontrou 162 pessoas trabalhando em uma fazenda localizada no município de Tocantinópolis (TO).
A operação teve início na semana passada e foi concluída nos últimos dias 5 e 6/12. Além dos trabalhadores atuando em péssimas condições, o grupo móvel ainda encontrou 12 menores de idade sendo submetidos a um esquema de trabalho de semi-escravidão. O mais jovem possui 12 anos de idade.
A fazenda é de propriedade da empresa Tobasa Bioindustrial, segundo o MPT. A equipe que vistoriou o local é formada por representantes do Ministério Público do Trabalho, da Delegacia Regional do Trabalho e da Polícia Federal. Eles chegaram até a fazenda a partir de uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tocantins.
A assessoria de imprensa do MPT informou que a Tobasa Bioindustrial não foi multada, já que a direção da empresa está negociando as verbas rescisórias com os trabalhadores. O total de rescisões chega a R$ 570 mil.
A empresa é uma das grandes produtoras de óleo, sabão de coco, álcool, subprodutos protéicos, carvão ecológico e carvão ativado instaladas em Tocantins.
Todos os 162 trabalhadores foram retirados da fazenda e estão na sede da empresa aguardando os pagamentos.
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