Vice-prefeito de SP tenta suspender quebra de sigilo bancário
2 de dezembro de 2004, 15h58
O vice-prefeito eleito de São Paulo, deputado federal Gilberto Kassab (PFL), recorreu nesta quinta-feira (2/12) ao Tribunal de Justiça paulista. Ele quer a cassação de liminar que quebrou seu sigilo bancário, de seu sócio, o deputado estadual Rodrigo Garcia (PFL) e de mais quatro empresas. O recurso foi distribuído ao desembargador Correia Vianna.
A quebra do sigilo bancário foi concedida, na quarta-feira (1º/12), pela juíza Maria Gabriela Pavilopolos Spaolonzi Sacchi, 11ª Vara da Fazenda Pública. A magistrada atendeu pedido do Ministério Público paulista que investiga Kassab por enriquecimento ilícito.
A Promotoria de Justiça da Cidadania havia entrado, na segunda-feira (29/11), com pedido de quebra de sigilo bancário de Kassab, Garcia e das empresas R&K Indústria Gráfica e Editora Ltda, R&K Comércio e Participação Ltda, R&K Engenharia e Empreendimentos Ltda e Centroeste Agropecuária do Brasil Ltda, nas quais os dois são sócios.
De acordo com o MP, entre 1994 e 1998, o patrimônio de Kassab aumentou 316%. Nesse período, por 15 meses ele ocupou a pasta do Planejamento, na gestão do prefeito Celso Pitta (1997-2000). Garcia era seu chefe de gabinete.
Kassab passou a ser investigado pelo Ministério Público depois que a imprensa apontou supostos indícios de evolução patrimonial irregular, com base nas declarações entregues à Justiça Eleitoral no momento do registro de sua candidatura.
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