Médico acusado de agredir oficial de justiça responde ação penal
24 de agosto de 2004, 19h55
Deve seguir em frente o processo contra médico acusado de agredir e manter em cárcere privado um oficial de justiça do Rio de Janeiro. O juiz federal Guilherme Calmon, convocado para compor a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, negou Habeas Corpus ao médico. A decisão revogou liminar que traçava a ação penal.
Segundo o TRF-2, o oficial foi à casa do médico, no bairro da Barra da Tijuca, em dia 10 de agosto de 2001. O oficial fazia a citação em uma ação fiscal promovida pela Fazenda Nacional, contra a empresa de estética da qual o médico é representante.
O servidor público foi atendido pela companheira do médico, que o convidou para entrar na casa. Então, ele foi surpreendido pelo médico, que se levantou da cama nu, agredindo-o com socos e pontapés. Na investida, o oficial ficou sem alguns pertences, além de sua carteira funcional, objetos que foram tomados pelo agressor, que a esta altura também o ameaçava com um cão rotweiller.
O oficial foi obrigado a permanecer trancado em um closet, de onde conseguiu fugir escalando algumas janelas e pulando os telhados de duas casas vizinhas. A vítima chegou até a guarita de segurança do condomínio onde fica a casa do agressor e chamou a polícia, que prendeu em flagrante o médico.
Acusado de lesão corporal, roubo, desacato, cárcere privado e oposição à execução de ato judicial, o médico conseguiu obter liminar para relaxar sua prisão, mas vai continuar respondendo à ação.
Processo nº 2002.02.01.006034-4
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