Justiça parada

Servidores defendem manutenção da greve na Justiça paulista

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20 de agosto de 2004, 22h24

O comando de greve dos servidores da Justiça paulista decidiu, nesta quinta-feira (19/8), defender a manutenção da paralisação, que já dura mais de 50 dias. Os representantes dos grevistas participaram de reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Elias Tâmbara, sem nenhum avanço na questão das reposições das perdas salariais.

O presidente do TJ bateu martelo no índice de 15% de reajuste para a categoria e sinalizou para o pagamento de dívidas trabalhistas atrasadas, como férias indenizadas, licença-prêmio e o chamado Fator de Atualização Financeira para 11 mil servidores que têm até R$ 500 para receber.

O comando deixou a reunião disposto a defender a continuidade da paralisação na assembléia estadual marcada para a próxima quarta-feira (25/8), única instância que pode definir os rumos do movimento. Nesta sexta, os grevistas voltaram a se reunir em frente ao Fórum João Mendes para informar o andamento da negociação com o TJ, afirmando que a greve continua.

O presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Luiz Flávio Borges D’Urso, terá uma audiência com o governador Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira (23/8), para tratar de diversos assuntos, inclusive a greve dos servidores do Judiciário.

D´Urso afirmou que o mapa da greve que a OAB vem realizando no estado aponta para uma situação crítica: “Os advogados estão enfrentando problemas gravíssimos de viabilização de seus escritórios, já que os processos estão parados, mas as despesas continuam correndo. As demissões de pessoal já começaram, mesmo para quem tem estrutura enxuta”, afirmou.

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