Lesão patrimonial

Ex-presidente do Banestado é denunciado por formação de quadrilha

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10 de agosto de 2004, 20h22

O Ministério Público Federal denunciou, nesta terça-feira (10/8), o ex-chefe da Casa Civil do Paraná e ex-presidente do Conselho do Banestado, Giovani Gionédis, como o mandante de crimes de gestão fraudulenta e formação de quadrilha. As operações teriam lesado o Banestado em R$ 1.709.692,46.

De acordo com a acusação, assinada pelos procuradores da República que integram a Força-Tarefa CC5, os crimes ocorreram entre 1996 e 1998 e já foram denunciados pelo MPF em maio do ano passado.

Segundo as investigações, Giovani Gionédis, em associação com outras 12 pessoas, geriu fraudulentamente o Banestado por meio de concessões de empréstimos irregulares a quatro empresas: A.T. Computação Gráfica Ltda, Documenta Produções Cinematográficas Ltda., Estúdios Unidos Comunicação e Marketing S/C Ltda. e Planurb Construção e Pavimentação.

Segundo a Procuradoria da República do Paraná, as três primeiras empresas de publicidade têm em comum relações com o ex-vice-prefeito de Curitiba e ex-deputado estadual Algaci Osmário Túlio. A A.T. Computação Gráfica foi registrada como propriedade de Algaci e seu filho, Marcelo Giovani Túlio.

A Documenta Produções tinha Algaci Túlio como avalista. E a Estúdios Unidos pertencia aos mesmos sócios da Documenta Produções. A Planurb foi usada para a simulação de um empréstimo à Documenta Produções. Com o aval de Gionédis, no período entre 96 e 98, foram concedidos empréstimos às três empresas de publicidade no valor total de R$ 2,39 milhões.

As taxas de juros para o pagamento estavam muito abaixo do mercado (entre 2 e 4% ao mês, dependendo da operação) e, como garantia aos empréstimos, eram oferecidas duplicatas simuladas. No final da negociação, 71,49% da dívida foi perdoada (em descontos diretos e indiretos).

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