De olhos abertos

Site da Fazenda está entre os 10 mais visitados da língua portuguesa

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7 de agosto de 2004, 12h43

Décimo colocado no ranking mundial dos sites em língua portuguesa, o endereço virtual do Ministério da Fazenda brasileiro é o site público mais frequentado do país. O levantamento é da empresa de tecnologia Alexa.

Uma das explicações para o fenômeno “Fazenda” é o fato de o site hospedar o da Receita Federal, que recebe milhares de visitas em função da declaração e da consulta do Imposto de Renda.

Em segundo lugar no ranking dos sites governamentais brasileiros vem a Caixa Econômica Federal, seguido do Banco do Brasil, dos governos de São Paulo, do Rio de Janeiro e Dataprev (Previdência Social).

No ranking geral – onde está disposta a colocação dos endereços eletrônicos mais visitados ao redor do globo – a versão online do Mistério da Fazenda aparece em 1.661º. O site da CEF ocupa o 2.000º; o do Banco do Brasil, o 3.106º; o governo de SP, o 3.307º; o do Rio de Janeiro o 5.229º; e o Dataprev o 7.402º.

Os sites do Senado Federal (42.895º lugar) e da Câmara dos Deputados (62.777º) ficam fora da lista dos 100 endereços em língua portuguesa mais visitados da rede.

Outros sites de órgãos públicos brasileiros, como o do Ministério da Justiça, que traz notícias, leis, links e documentos relativos à Justiça Brasileira e o do Planalto, com informações de caráter menos utilitárias, como organização do governo federal, lista dos presidentes brasileiros, coleção de documentos da presidência e legislação, ocupam posições bem mais humildes.

O do Ministério da Justiça está na 77.779ª colocação. O do Planalto, na 109.597ª. Comparado ao site da Casa Branca, a colocação do endereço do Planalto fica ainda mais modesta – o www.whitehouse.gov, além de estar em 4.096º tem função menos prática do que sua versão brasileira: traz apenas um tour virtual pela residência oficial de George W. Bush, pela sua coleção de arte e a história dos presidentes americanos e suas famílias.

Nesse caso, no entanto, há de se levar em conta a participação das duas populações entre os usuários da rede. Segundo uma pesquisa da Nielson-NetRatings divulgada pela BBC, o Brasil está em sétimo lugar na lista dos países com mais internautas do globo, com 19 milhões de internautas. Nos Estados Unidos, eles são mais de 168 milhões.

O Palácio do Planalto perde feio também para o site do Supremo Tribunal Federal, colocado na 48.636ª posição. De onde se pode concluir que os endereços profissionais e utilitários são os mais frequentados. Conclusão natural, já que, enquanto milhares de advogados, jornalistas e usuários da justiça precisam entrar, necessariamente, no site do STF para saber do andamento processual e da pauta do tribunal, o “produto” oferecido na vitrine da Presidência da República é bem menos necessário na vida dos internautas.

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