Pérolas Processuais

Pérolas: tudo o que sei, ele me disse bocalmente!

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30 de abril de 2004, 10h37

Saído da boca

“Tchê, dotôra, eu nem sei a razão de estar aqui. O autor da ação nunca me mostrou documentos sobre o trabalho dele. Tudo o que sei, ele me disse bocalmente!” (De um depoimento de testemunha, na comarca de Bagé)

Abram a boca!

“Fica estabelecido que em solenidades oficiais as pessoas quando da execução dos hinos nacional e riograndense cantem os hinos e que não fiquem paradas em silêncio, como tem acontecido”. (De um projeto-de-lei, com artigo único, sem pontuação, que tramitou na Assembléia Legislativa do RS).

De boca fechada

“Informo ao MM. Juízo que não consegui compreender se o citado entendeu a citação que lhe fiz, lendo em voz alta o teor do mandado, pois só ao final da diligência constatei que o réu é mudo”. (De uma certidão de oficial de Justiça, na comarca de São Borja).

Nomes raros

Gigle, Holofontina, Novifundio, Pretextata e Rodela. (Mais prenomes incomuns, de partes em processos que tramitaram em Varas de Família em Porto Alegre – segundo anotações de um escrivão).

A hora de sair

“Segue sentença em três laudas, datilografadas somente no anverso. Espero que seja a última”. (Anotação de próprio punho, feita por juiz de Porto Alegre, um dia antes de se aposentar).

A reação do “marido”

“Certifico e dou fé que no momento em que o executado iria apôr seu ciente no verso deste mandado, aproximou-se ameaçador, saindo de dentro de casa, um homem não identificado e que primeiro proibiu seu (sua) companheiro(a) de assinar e, após, ameaçou-me. Em contato com vizinhos, fiquei sabendo que os dois vivem como se e marido e mulher fossem”. (De um oficial de Justiça, em Uberlândia, MG).

*Pérolas Processuais são publicada no site Espaço Vital — www.espacovital.com.br

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