Sem fronteiras

Órgão oficial do comércio chinês abre escritório no Brasil

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26 de abril de 2004, 12h53

No Brasil, existem atualmente seis câmaras de comércio entre o Brasil e a China. Nenhuma delas é reconhecida oficialmente pelo governo chinês. Na organização administrativa do gigante oriental existem 22 províncias, cinco regiões autônomas, quatro municípios ligados diretamente ao Governo central e duas regiões administrativas especiais, unindo 1,3 bilhão de pessoas. Sem mencionar a questão de Taiwan.

A ordem do Partido Comunista chinês ao povo é enriquecer. São muitos milhões de habitantes com esse objetivo. As lojas nunca fecham: trabalham oito horas por dia, sete dias na semana, inclusive os bancos. No ano passado, as agências bancárias testaram o fechamento no final de semana, mas desistiram ao verificarem o prejuízo. Para fazer andar este emaranhado de milhões de empresas existem, assim como no Brasil, as Federações, Associações e outras entidades organizadas para a expansão do comércio internacional, um universo complexo, interligado mas permitindo iniciativas individuais dentro daquela ordem.

O Conselho Chinês para o Fomento do Comércio Internacional está montando no Brasil um escritório para atuação em toda a América do Sul. Já existe um escritório na cidade do México, para a América Central. São 15 em todo o mundo. Com previsão para iniciar os trabalhos em junho, terá sua sede em São Paulo. A CCPIT é um órgão federal, ligado ao Ministério do Comércio, conectado diretamente ao Governo Central daquele país. Reúne as Associações, Câmaras, Conselhos, Federações e entidades oficiais e não-oficiais ligadas ao desenvolvimento e fomento do comércio internacional.

Devido à existência de outras seis câmaras de comércio não-oficiais e para evitar desentendimentos foi traduzido como Conselho para o Fomento do Comércio Internacional da China. O grupo que está no Brasil é chefiado por Zhang Hong, diretor da Divisão de Administração dos Escritórios no Exterior do Departamento de Informações Econômicas do CCPIT, e integrado por Sun Lidong, encarregado dos assuntos brasileiros do Departamento de Relações Internacionais do mesmo Conselho.

Já estiveram com a Associação Comercial de São Paulo, na Federação de Comércio do Estado de São Paulo, num encontro com João Carlos de Souza Meireles, Secretário do Estado de São Paulo de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, no Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo e outras entidades interessadas em implementar as relações comerciais.

O CCPIT, estabelecido em maio de 1952, é a maior e mais importante instituição da promoção do comércio exterior da China. É integrado por líderes empresariais, empresas e outros segmentos econômicos, representando vários setores chineses. O objetivo é estreitar o relacionamento com as associações e câmaras comerciais e industriais no Brasil; oferecer consultoria gratuita às micro, pequenas e médias empresas chinesas e brasileiras, promover cooperações econômicas e tecnológicas e estimular o entendimento com as sociedades civis, observando as leis e políticas da República Popular da China.

Para isso conta com 60 conselhos regionais, 19 conselhos industriais, e uma rede de 700 agências municipais ou distritais, além de possuir 70 mil empresas associadas em toda a China. Trabalha exclusivamente com pequenas e médias empresas. É membro da World Intellectual Property Organization (WIPO), International Maritime Organization (IMO), Union des Foires Internationales (UFI), Pacific Basin Economic Council (PBEC), International Chamber of Commerce (ICC) e World Small and Medium Enterprises Association (WASME), entre outras.

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