Pérolas Processuais

Pérolas processuais: o enforcado morreu por afogamento

Autor

23 de abril de 2004, 13h58

Nomes raros

Auristálio, Benésimo, Henriquíssimo, Jotacá, Libertino, Lindulfo, Mijarina e Mimaré (Prenomes de partes em processos que tramitaram numa Vara de Família em Porto Alegre – segundo anotações do escrivão).

Contradição

“O enforcado morreu por afogamento” (De um laudo de necropsia, apresentado à 1ª Vara Criminal de Porto Alegre).

Te escapa, porque estão pegando.

“Não vou entregar coisa nenhuma, e te arranca daqui se não vou te botar os cachorros em cima. (…) E, em seguida, pôs-se a atiçar os cães contra mim, obrigando-me à retirada imediata”. (De uma certidão de oficial de Justiça, na 7ª Vara Cível de Porto Alegre, relatando a reação da executada, após frustrada tentativa de recolhimento de bens que haviam sido penhorados).

Ação paquidérmica

“Será que ações desse tipo devem ser amparadas pelo Poder Judiciário, já tão maltratado? Onde será que está o bom senso dos profissionais do Direito? Com que cara de pau, o subscritor da inicial olhará para este profissional, que além de proprietário da empresa demandada era amigo pessoal dele? Amigo não, conhecido! Mas é lógico que nada disso interessa ao processo e aqui, desde já, ficam as desculpas a Vossa Excelência, que deve portar escroto de elefante para suportar ações como esta.” (De uma contestação em ação indenizatória, na comarca de Jundiaí-SP).

Amor em vão (1)

“Eu amo ela, sem saber como, sem problemas nem orgulho, ela é o sol da minha vida”. (De uma manifestação do cônjuge varão, à mulher e ao juiz, em audiência – inexitosa – de conciliação, numa Vara de Família de Porto Alegre).

Amor em vão (2)

“Eu não aceito, não quero mais esse homem do meu lado, nem perto de mim”. (Repique da esposa, na mesma audiência).

*Pérolas Processuais são publicadas no site Espaço Vital – www.espacovital.com.br

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!