Pais e filhos

Médicos querem que juiz decida sobre desligamento de aparelhos

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18 de abril de 2004, 14h32

Médicos de um hospital do estado de Ohio, nos Estados Unidos, querem que um juiz seja designado para decidir se uma criança de cinco anos que está em coma deve ou não continuar ligada aos aparelhos de respiração e alimentação.

Eles alegam que os pais do menino, ambos de 21 anos, não possuem estrutura para escolher o que é melhor para o futuro da criança. Segundo eles, o casal estaria brigando na Justiça pelo direito de manter o filho nos aparelhos por temer que sejam acusados de assassinato.

Laudos elaborados por um pediatra especialista em trauma comprovam que a criança foi vítima de agressões que causaram um intenso sangramento no cérebro. O menino teve morte cerebral, com exceção da parte que liga o cérebro à coluna vertebral, e deverá ficar cego, surdo e não ter consciência do que se passa ao seu redor. Segundo o prognóstico, ele deverá ficar em estado semi-vegetativo.

Ainda segundo o documento, os ferimentos foram causados por movimentos bruscos e rápidos, para trás e para frente. De acordo com autoridades, o pai é acusado de bater no garoto enquanto estava sozinho com ele. Caso a criança morra, eles podem ser condenados pelo crime, o que não acontecerá se ela sobreviver.

O advogado dos pais da criança alega que eles não foram acusados de nada, não foram declarados irresponsáveis e deveriam ter o direito de decidir pelo futuro da criança. “Agora eles são acusados por uma instituição médica como se fossem culpados de maltratar a criança”, disse.

Fonte: Findlaw

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