Consultor Jurídico

Em Portugal, Busato critica ensino jurírico do Brasil.

16 de abril de 2004, 16h41

Por Redação ConJur

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Ao participar da reunião quinzenal do Conselho Superior da Ordem dos Advogados de Portugal (OAP), o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, criticou duramente o que chama de indústria do ensino jurídico existente no Brasil e afirmou que 80% dos bacharéis de Direito que se submetem todos os anos ao exame de Ordem não conseguem aprovação.

“O nosso ensino jurídico é caótico”, disse. Para Busato, o percentual de reprovação demonstra que os cursos de direito no país estão mais preocupados com o recebimento das mensalidades do que com o aprendizado.

O presidente da OAB frisou que não é apenas no exame de Ordem que o bacharel em Direito demonstra despreparo jurídico. “Nos exames para preenchimento de vagas para juízes, a maioria dos candidatos também não consegue aprovação”.

No encerramento de sua visita, Roberto Busato aceitou o convite do presidente da OAP, José Miguel Júdice, e fará a sua inscrição junto à Ordem de Portugal. O advogado sergipano Raimundo Cezar Britto, secretário-geral do Conselho Federal, também irá se filiar à Ordem portuguesa.

Com o encontro na OAP Busato e Cezar Britto encerraram a visita de uma semana a Cabo Verde e Portugal. Os dois dirigentes da OAB retornam ao Brasil neste sábado (17/4). (OAB)