O Ministério Público do Distrito Federal pediu instauração de inquérito policial para verificar se representantes legais da Souza Cruz cometeram crime de denunciação caluniosa. O pedido é uma reação contra a empresa, que solicitou ao procurador-geral do Distrito Federal a apuração da responsabilidade de integrantes do MP pelo vazamento de informações para a imprensa sobre inquérito civil público. O MP apura informações sobre a publicidade de cigarro nos meios de comunicação.
A tradução, em português claro, do que aconteceu, não tem nada de elegante. Irritado com o vazamento de informações sobre seu cliente, na mídia, o advogado e ex-procurador-geral da República, Aristides Junqueira, interpelou o Ministério Público. Os procuradores, em troca, querem que Aristides responda por denunciação caluniosa.
Aristides Junqueira e o seu colega do escritório, Pedro Raphael Campos Fonseca, terão que prestar esclarecimentos no fim deste mês na 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul do Distrito Federal. O diretor jurídico da Souza Cruz, Márcio Fernandes, também deve receber uma carta precatória no Rio de Janeiro.
"O inquérito era sigiloso e continha informações da Souza Cruz que não poderiam ser publicadas", afirmou Junqueira em entrevista ao site Consultor Jurídico. Pedro Fonseca se disse "surpreso" com o pedido de instauração de inquérito pelo Ministério Público. Eles contrataram o advogado José Gerardo Grossi para representá-los neste caso.
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