A Justiça paulista aceitou uma das quatro queixas-crime por difamação movidas pelo jornalista Milton Neves contra o colega Jorge Kajuru. Neves não gostou de ter sido chamado por Kajuru de "rei do jabá", em programa da Rede TV!.
De acordo com o Dicionário Houaiss, jabá significa "dinheiro com que se compra um jogador para que deixe de vencer; suborno, dinheiro ou qualquer coisa usada para corromper alguém".
Kajuru alegou que não há justa causa para a queixa-crime. A tese foi rejeitada pela juíza da Vara Criminal do Foro de Barueri, Graciella Salzman.
Na primeira queixa-crime, Neves é representado pelo advogado Fernando Castelo Branco. Outras três queixas foram protocoladas em razão da repercussão da primeira. O advogado de Neves nos últimos casos é Antônio Carlos Sandoval Cata-Pretta. Segundo ele, Kajuru também ofendeu seu cliente nas revistas Veja e IstoÉ Gente e na TV Cultura.
Na seção de cartas da revista Veja, de 27 de novembro de 2002, Kajuru afirmou: "Sobre o processo contra mim, confesso estar vivendo momentos de glória. Afinal, ser processado por gente como Ricardo Teixeira, Marconi Perillo e Milton Neves é razão suficiente para receber, aos 41 anos, atestado de idoneidade."
A declaração numa reportagem da revista IstoÉ Gente, de 30 de dezembro de 2002, foi semelhante à da Veja: "Para mim, ser processado por gente como ele [Neves] é um atestado de idoneidade."
De acordo com Cata-Pretta, no programa "Cartão verde", da TV Cultura, Kajuru repetiu a afirmação. Em relação à queixa-crime aceita, Neves também entrará com pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 1 milhão.
A defesa de Jorge Kajuru foi procurada pela reportagem da revista Consultor Jurídico durante todo o dia, mas não retornou as ligações.
Revista Consultor Jurídico, 19 de março de 2003.
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