O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal disse, ao encerrar a I Jornada de Debates sobre Trabalho Escravo, que aconteceu no STJ, que o Estado é insensível à questão do trabalho escravo. "A pessoa cidadã conhece direitos e os usufrui e os potencializa em dignidade. A pessoa que não é cidadã não tem informação alguma, não sabe nada sobre seus direitos. A sociedade egoísta a ignora e o Estado insensível a exclui", disse.
As discussões sobre o tema tiveram a participação de várias autoridades entre elas, do presidente do STJ, ministro Nilson Naves, dos ministros da Justiça, Paulo Sérgio Pinheiro, e do Trabalho, Paulo Jobim. O diretor-adjunto do escritório da Organização Internacional do Trabalho no Brasil, Jaime Mezerra, disse que o trabalho escravo é um crime que deve ser combatido por todas as esferas sociais.
O ministro Edson Vidigal falou da importância da "ação integrada" da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, Ministério Público da União e da Polícia Federal na luta contra a situação de escravidão vivida por muitos trabalhadores brasileiros. "Essa vergonha não habita só no nosso país. O trabalho escravo está latente em toda a América Latina, Ásia e, de forma disfarçada, como mão-de-obra clandestina em países desenvolvidos. Ao sediar este encontro, o STJ reitera o compromisso que todos nós, agentes públicos, temos com a realização da justiça social no Brasil", afirmou.
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