Sururu no Sul

Investigação pode prejudicar Antonio Britto no Sul

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5 de setembro de 2002, 23h02

Uma megaoperação que envolveu a Polícia, a Receita e o Ministério Público Federal gerou a apreensão de pelo menos 1 tonelada de documentos em empresas prestadoras de serviços da Brasil Telecom, no Rio Grande do Sul.

As empresas têm como sócio majoritário o empresário Assis Roberto Sanchotene Souza. Entre elas está a Pampa/Telsul, principal prestadora de serviços da concessionária pública de telefonia do Estado.

As acusações versam sobre possível favorecimento de Sanchotene Souza que, no governo de Antonio Britto foi quem coordenou todo o processo de privatização da Companhia Riograndense de Telecomunicações. Britto disputa, este ano, novamente, o governo gaúcho.

As investigações tiveram início há cerca de 1 ano e meio, com a constatação de que os funcionários das empresas recebem uma parte do salário “por fora” para evitar os custos e encargos trabalhistas. Para isso, as prestadoras de serviços se utilizaram de uma intermediadora localizada em São Paulo, a Expertise – que também foi alvo da busca e apreensão deflagrada na semana passada.

Na tarde desta quinta-feira (5/9), a juíza Salise Monteiro Sanchotene, da 2ª Vara Criminal Federal de Porto Alegre, atendendo a pedido dos empresários decretou sigilo sobre o processo, uma vez que foram incorporados aos autos documentos contábeis, fiscais e bancários.

Para tentar barrar reportagem em curso, na revista Istoé, as empresas investigadas usaram o despacho da juíza, que protege o óbvio sigilo bancário e fiscal, para alegar que a decisão impediria qualquer abordagem sobre o assunto.

Consultado o Departamento Jurídico, a redação entendeu que deveria publicar as notícias apuradas no Sul pela repórter Adriana Souza.

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