Busca e apreensão

Justiça determina busca e apreensão na Seita do Reverendo Moon

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7 de maio de 2002, 17h41

A Justiça Federal determinou a busca e apreensão de objetos, instrumentos, computadores e disquetes na Seita do Reverendo Moon, em Mato Grosso do Sul. A Justiça quer descobrir se houve sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, crimes supostamente praticados pela Seita.

O pedido feito pelo Ministério Público Federal foi atendido pelo juiz da 3ª Vara de Campo Grande, Odilon de Oliveira. A busca e apreensão será feita pela Polícia Federal. O juiz decidiu também que a Receita Federal terá direito ao livre acesso aos documentos bancários e fiscais apreendidos.

De acordo com as investigações, Moon trouxe oficialmente para o país cerca de 40 milhões de dólares. Entretanto, o patrimônio do reverendo já ultrapassaria R$ 600 milhões. Para a Polícia Federal e o MPF, “a diferença teria entrado irregularmente no país, através de brasileiros usados como laranjas”.

A Receita Federal calcula que a sonegação de ITR (Imposto Territorial Rural) pela Seita é de quase R$ 4 milhões. A Polícia Federal afirma que há centenas de estrangeiros ilegais nas propriedades de Moon.

Segundo Oliveira, as provas e levantamentos feitos pela Polícia Federal e pela Receita Federal indicam que a verdadeira intenção do reverendo Moon é adquirir grandes áreas na faixa de fronteira, entre Brasil e Paraguai, para formar um Estado coreano.

Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal de Campo Grande já havia decretado a quebra de sigilo bancário da Seita do Reverendo Moon.

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