Mãos ao alto

CNVR divulga número de veículos roubados no Brasil

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14 de junho de 2002, 14h28

Levantamento do Cadastro Nacional de Veículos Roubados mostra que, entre janeiro e fevereiro de 2002, de uma frota de 32 milhões foram roubados sessenta mil veículos (0,2%). Segundo o CNVR, quase metade dos carros foi recuperada.

As seguradoras não devem gostar nada desses dados. Para o negócio dessas empresas, quanto maior a probabilidade de roubos melhor. Segundo dados da Caixa Seguros, somente cerca de 20% da frota nacional está segurada, mas o ramo de automóveis ocupa primeiro lugar no mercado de seguros.

De acordo com o CNVR, outubro é o mês no qual ocorrem mais roubos. A moto é mais visada na Amazônia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rondônia. O Gol é mais roubado na Bahia, Mato Grosso, Paraíba e Rio de Janeiro. O Uno é o campeão de roubos no Pará e no Rio Grande do Norte.

Os dados do cadastro abrangem os números de roubos e furtos. Segundo o artigo 210 do Código Penal comete roubo “quem, com ilegítima intenção de apropriação para si ou para outra pessoa, subtrair, ou constranger a que lhe seja entregue, coisa móvel alheia, por meio de violência contra uma pessoa, de ameaça com perigo iminente para a vida ou para a integridade física, ou pondo-a na impossibilidade de resistir”. A pena é de prisão de 1 a 16 anos.

Já segundo o artigo 203 do CP, comete furto “quem, com ilegítima intenção de apropriação para si ou para outra pessoa, subtrair coisa móvel alheia”. Nesse caso, a pena é de prisão de até 3 anos ou multa.

Regiões mais afetadas

Mais da metade dos veículos foram roubados em São Paulo, Estado com mais de 36 milhões de habitantes. Com mais de 20 mil roubos de veículos por mês, o sudeste é a região mais afetada. Com cerca de 500 mil habitantes, o Amapá teve apenas 12 veículos roubados no mesmo período.

O Acre, que tem fronteira com a Bolívia e o Peru, é o Estado com menor porcentagem de veículos localizados. O Ceará foi o Estado brasileiro com maior porcentagem de veículos localizados de janeiro a fevereiro. O governo do Maranhão não forneceu seus dados.

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