Batalha perdida

OAB lamenta desfecho no caso do Espírito Santo

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9 de julho de 2002, 18h47

O presidente nacional da OAB, Rubens Approbato Machado, vai definir ainda nesta terça-feira (9/7) quais serão os próximos passos da entidade, depois do recuo do governo em decretar a intervenção no Estado do Espírito Santo. O Conselho Federal foi o autor do pedido de intervenção federal junto ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).

No momento, a maior preocupação da entidade é com a vida das pessoas que denunciaram o crime organizado naquele Estado, particularmente o presidente da Seccional da OAB capixaba, Agesandro da Costa Ferreira. Recentemente, ele recebeu uma carta anônima que, entre muitas ameaças, encerra com a seguinte pergunta: “Quantos policiais estariam disponíveis para proteger você?”

Para o presidente Approbato, o recuo do governo nesse caso foi “frustrante”. Disse ele: “Temo ainda que essa sensação de impunidade se alastre para o resto do País. Quando esperávamos que a intervenção federal naquele Estado servisse de exemplo e alerta para outras regiões que enfrentam situação semelhante, é frustrante observar esse recuo.”

Para Approbato, “assim como a OAB não agiu com propósitos político-partidários para propor a intervenção, era de se esperar que o governo agisse da mesma forma, em defesa de uma população que vive sob o regime do medo. Na situação em que se encontra o Espírito Santo, não dá para esperar o momento político certo para agir. O momento é agora. O que precisa é coragem.”

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