Os diretores do Grupo Fazendas Reunidas Boi Gordo podem ter que responder por “crime do colarinho branco” (Lei 7.492/86). A informação da assessoria de imprensa da Associação dos Parceiros e Credores da Fazendas Reunidas Boi Gordo (APCBG) é a de que a entidade pediu nesta quinta-feira (31/1) a instauração de inquérito policial contra os principais diretores do Grupo Boi Gordo.
As irregularidades indicadas pelos advogados da APCBG são: emissão de contratos de investimento coletivo sem prévia autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a emissão de contratos de investimentos coletivos pela Casa Grande Parceria Rural Ltda., sob o nome de Instrumentos Particulares de Parceria Pecuária, sem a que a referida sociedade tivesse sido autorizada pela CVM.
Segundo a assessoria, verifica-se também a inexistência de lastro suficiente, inexistência de cabeças de gado, já que a Boi Gordo teria confessado um passivo de R$ 750 milhões, mas que só teria R$ 70 milhões em gado.
“Sem considerar os possíveis agravantes, a soma das penas máximas deverá chegar a 40 anos de reclusão”, antecipa o advogado da Associação, Augusto Coelho.