Insegurança coletiva

Presidente do STJ defende proibição do porte de arma

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22 de fevereiro de 2002, 15h48

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Paulo Costa Leite, defendeu a proibição do porte de arma no Brasil. Ele disse estar convencido que esta é a medida prudente para o momento atual.

A defesa da proibição do porte de armas foi feita na capital em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), onde participou do 54º Encontro de Presidentes de Tribunais de Justiça do País.

“Diversas vezes, o cidadão armado é assaltado e o bandido consegue tomar a arma que servirá para ferir ou mesmo matar a vítima do crime, além de outros cidadãos de bem em futuras ações criminosas. Diante deste quadro atual de violência, do grave estágio em que a Nação se encontra, é realmente melhor pôr um fim ao porte de armas para todos os setores da sociedade”, afirmou Costa Leite.

Para o presidente do STJ, a proposta somente terá êxito se houver liberação de mais verbas para os órgãos de segurança pública para o combate do comércio ilegal de armas.

“Enquanto nós não tivermos recursos orçamentários suficientes para o aparelhamento da polícia, vamos nos deparar com grandes dificuldades. É preciso que a repressão ao comércio de armas da segurança seja tratada como uma prioridade”, afirmou.

O ministro também voltou a defender a efetivação de uma política nacional de segurança pública para o combate ao aumento da criminalidade e a mudança de perfil dos órgãos encarregados desta área. “Não é possível que as coisas continuem como estão, estamos convivendo com este problema da violência e com a falta de solução há muito tempo”.

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