Terrorismo nos EUA

Marroquino preso em SP tentou enviar carta sobre atentado nos EUA

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14 de setembro de 2001, 10h52

O marroquino Jueddam Abdel Satah, 27 anos, que está preso na Penitenciária do Estado de São Paulo escreveu uma carta endereçada à direção da Polícia Federal, à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e à Justiça Federal em que citava a “destruição dos EUA”, “terrorismo”, “rede internacional com iranianos e até gente da Costa Rica”. Ele havia pedido para uma advogada entregar a carta, alguns dias antes do atentado terrorista nos Estados Unidos. Mas não foi atendido.

Quando ela disse que não levaria a carta, o marroquino respondeu que poderia ser tarde demais. Depois do atentado, a advogada relatou os fatos para a Polícia Federal.

Na quinta-feira (13/9), o marroquino, que está preso por tentar entrar no Brasil três vezes com documento falso, prestou depoimento sigiloso ao delegado, Itanor Neves Carneiro, da Polícia Federal de São Paulo. As informações serão encaminhadas aos agentes do FBI da Embaixada dos EUA em Brasília.

Segundo o repórter Cláudio Tognolli, da radio Jovem Pan, ele é muçulmano e chegou ao Brasil pela Venezuela. Tognolli disse que ele fala “mal português e bem castelhano”.

Em Hanover, a imprensa alemã divulgou que um preso iraniano chegou a telefonar para os serviços de inteligência dos Estados Unidos, no mês passado. Mas foi ignorado. No dia do atentado teria, ainda, tentado mandar um fax para a Casa Branca. Mas não foi autorizado pela penitenciária.

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