Ataque terrorista

Especialista afirma que ataque terrorista nos EUA afeta o mundo todo

Autor

12 de setembro de 2001, 10h14

World Trade Center e Pentágono. Um, o coração do poder econômico. O outro, o coração do poder de defesa estratégica e militar norte-americana. Os Estados Unidos sofreram um golpe profundo em suas instituições. Entretanto, seria errado pensar que somente os Estados Unidos sofreram um golpe. Além dos americanos, o mundo sofreu com a brutalidade dos criminosos atentados terroristas monstruosos deste dia 11 de setembro.

Além de coração financeiro norte-americano, o complexo do WTC, é o centro financeiro mundial. As duas torres de 110 andares, onde trabalhavam 50.000 pessoas de 28 nacionalidades diversas foi o triste palco de um assassinato em massa.

Se os ataques foram uma declaração de guerra, esta não se resume somente aos Estados Unidos, mas a todo mundo. Os principais líderes mundiais condenaram veementemente as brutais agressões ocorridas nas duas principais cidades dos Estados Unidos.

Jacques Chirac, presidente francês, classificou os atentados com um ato monstruoso, Vladimir Putin, presidente de outra potência de força atômica, a Rússia, afirmou que os atos bárbaros não podem ficar sem castigo e Gehard Schöreder, chanceler alemão, afirmou que estes atentados criminosos são uma declaração de guerra contra a comunidade internacional.

Mas quem poderia ser o mentor destes atos hediondos contra os americanos e contra a humanidade em extensão? Analisemos os fatos: atentados deste porte somente poderiam ser orquestrados por um grupo grande e organizado, com muito dinheiro e com membros dispostos a dar sua vida por uma suposta causa.

Ora, estas não são características das milícias norte-americanas, ao contrário, tudo indica uma outra conclusão, ou seja, o da organização realizada por grupo ligado ao mundo muçulmano. Dentro desta linha de raciocínio, não há dúvidas quanto ao principal suspeito: o terrorista Osama bin Laden, abrigado no Afeganistão e inimigo número um dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos estiveram sob ataque como nunca se havia presenciado. Contudo, é equivocado classificar o sistema americano de defesa como falho. Ora, qualquer nação aberta, democrática e baseada em princípios de liberdade, que tem os EUA como sua principal expressão, está sujeita a este tipo de ataque. Não existe sistema de defesa que possa impedir um terrorista kamikaze fundamentalista tomar o manche de um avião e jogá-lo em um alvo pré-determinado.

Temos que concordar que é possível prevenir, mas uma prevenção deste tipo nunca chegará a ser 100% segura. De outro lado, os tristes fatos ocorridos nos EUA corroboram a tese do governo americano republicano de construir um escudo antimísseis, pois se não é possível erradicar de forma completa com a possibilidade de atentados, devemos ao menos diminuir a possibilidade de os mesmos acontecerem. Já sabemos que a ousadia faz parte da cartilha inimiga.

O seqüestro de quatro aviões que viajavam da costa leste para a oeste, cheios de combustível, em início de vôo (o que potencializou as explosões) que resultou no desabamento das torres do WTC e de um prédio vizinho de quarenta e sete andares, além da colisão criminosa de outro avião contra o Pentágono, não pode ficar sem resposta, como afirmou o presidente russo Vladimir Putin.

Posiciono-me com a minoria dos articulistas que acredita no potencial do presidente Bush e sua equipe desde as eleições. Pessoas preparadas, como Condolezza Rice, Donald Rumsfeld, Dick Cheney e Collin Powell formam o centro nervoso de toda a operação que já se encontra em curso. Não tenho dúvidas de que os culpados receberão a resposta firme merecida.

De todas as análises que escutei, não ouvi nada mais estúpido do que comentários no sentido que os Estados Unidos mereciam este ataque em função de sua arrogância. Ora, os Estados Unidos são livres, como qualquer nação, para tomar as atitudes que achar melhor para seu povo e nem os mais enfadonhos sentimentos antiamericanos justificam o cometimento de crimes contra humanidade de característica anticivilizatória como os do dia 11 de setembro.

Não me abstenho de criticar os EUA quando necessário. Mas não tenho vergonha alguma de apoiar os americanos quando é prudente e sensato. Por fim, não são somente os EUA que necessitam de apoio, somos todos nós. O mundo deve vencer o terrorismo.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!