Conversa perigosa

Procurador encaminha fita gravada em conversa com ACM a Brindeiro

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1 de março de 2001, 16h16

O procurador Luiz Francisco de Souza deverá encaminhar, nesta quinta-feira (1/3), uma das fitas gravadas em conversa com o senador Antônio Carlos Magalhães ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. Mas a fita foi gravada à distância e está praticamente inaudível, segundo o procurador. Ela poderá ser submetida a uma perícia técnica.

A outra fita gravada de um aparelho que o procurador manteve em seu bolso durante a conversa estava com a qualidade sonora melhor. Mas foi danificada pelo próprio Luiz Francisco em meio a uma discussão com seus colegas procuradores, contrários à gravação.

Esta semana, o procurador afirmou que não errou ao gravar a conversa que teve com o senador em seu gabinete. “Era importante que todo aquele conteúdo da conversa ficasse de forma imaculada, que ninguém pudesse dizer: ‘Foi isso, foi aquilo’. Por isso fiz a gravação”, disse em entrevista à rádio CBN.

De acordo com Luiz Francisco, teria havido falta de ética se o conteúdo da conversa fosse particular. “Mas o diálogo foi entre pessoas públicas, em um lugar público, sobre assuntos de interesse público”, disse.

Revista Consultor Jurídico, 1º de março de 2001.

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