Fim de mandato

ACM responsabiliza Judiciário e FHC por 'apagão moral'

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30 de maio de 2001, 13h49

O senador Antonio Carlos Magalhães disse que o governo e o Judiciário são responsáveis pelo “apagão moral” do país, em seu discurso de renúncia nesta quarta-feira (30/5). “O governo tem feito muito pouco para apurar os desvios de verbas públicas no país. É culpa do governo? Sim. Mas é culpa também de uma Justiça que não é atuante em diversos casos. O apagão moral deste país continua, cada vez mais grave”, afirmou, ao citar a absolvição de Sérgio Naya e comentar que o mesmo pode acontecer com o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto.

ACM criticou o governo FHC. Disse aos senadores que estava se sentindo num ambiente de Brutus, com a diferença de que não nasceu César. “E nem em César, os Brutus vão conseguir me transformar. Deixo-os antes da traiçoeira punhalada final”.

Ele culpou FHC pelo aumento do desemprego e queda nos investimentos. “É uma bomba de efeito retardado, sobretudo para o próximo governo´´, afirmou. O senador baiano disse ter em mãos relatórios da área energética referente aos anos de 1996 e 2000, que foram desconsiderados pelo governo, segundo ele. “Os relatórios mostravam que seriam necessários investimentos no setor para evitar o caos energético´´.

O senador acusou o governo de não investigar com rigor os casos de corrupção. “Um empresário paulista, do PNBE, com 16 processos na Justiça, debocha e entrega pizza ao Parlamento”, disse ACM.

Fonte: UOL

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